Conheça o Bairro de Parelheiros Extremo Sul SP

São Paulo é, definitivamente, a terra dos contrastes. A mais cosmopolita de todas as cidades brasileiras tem, a 50 km dos vistosos edifícios inteligentes das avenidas que concentram as maiores fortunas do país, um pedaço de chão marcado pela ponta de orgulho de seus moradores quando indagam aos visitantes: “não parece uma cidade do interior?”, buscando enfatizar a simplicidade e singeleza do cotidiano da maior prefeitura regional de São Paulo: Parelheiros.

Lá, no extremo sul da capital, ficam os distritos de Parelheiros e Marsilac, que compõem a Prefeitura Regional Parelheiros. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma área de 353,5 km², representando quase que 25% dos 1.523,278 km² da cidade de São Paulo, com muitas nascentes de água, que fizeram brotar vários pesqueiros e que alimentam as represas Billings e Guarapiranga.

Breve histórico

O território de Parelheiros, considerado patrimônio ambiental, é estratégico para a vida da cidade, por sua riqueza em recursos naturais. Abrange uma área de 353,5 Km2, representando 23,68% do município, com ocupação urbana de 2,5% e dispersa de 7,7% (Censo SEADE 2001). Situado no Extremo Sul do município, sua divisa está há cerca de 10 Km do mar. De um mirante situado no Parque Estadual da Serra do Mar é possível avistar Itanhaém.

A totalidade de seu território está situada em área de proteção aos mananciais e a região compreende remanescentes importantes de Mata Atlântica, mantendo grande parte de sua mata nativa, como biodiversidade preservada e área de grande produção agrícola, sendo estratégico para a vida da cidade de São Paulo: equilibra as correntes térmicas com as menores temperaturas e a maior precipitação pluviométrica da cidade. Sua rede hídrica contempla três bacias hidrográficas: Capivari, Guarapiranga e Billings. As duas represas fornecem água para cerca de 25% da população da Região Metropolitana.



Parelheiros recebeu este nome devido às diversas corridas de cavalos (parelhas) entre germânicos e brasílicos. Antes era conhecido como Santa Cruz, porque existia uma cruz no local. Por determinação e convite do governo imperial, um grupo de 200 imigrantes chegou a São Paulo em 1827. Eram alemães, austríacos e suíços que vinham para o estabelecimento de uma colônia agrícola. Depois de um ano de estudos e discussões sobre o local onde deveria ser instalada a colônia, o governo provincial optou por uma área distante à cerca de 50 km do centro da cidade, que ficou conhecida como Colônia Alemã.

A posse do território começou com a chegada de 94 famílias alemãs em 1.829, cujos remanescentes habitam até hoje a região. Esses primeiros imigrantes extraíam e forneciam madeira bruta para serrarias instaladas em Santo Amaro. Lá, essas toras eram transformadas em móveis e apetrechos para a construção civil.

Sem o apoio do governo e enfrentando toda sorte de dificuldades, a colônia entrou em rápida decadência, levando muitos a deixarem a região. Mais de um século depois, durante a Segunda Guerra Mundial, a denominação Colônia Alemã foi substituída por Colônia Paulista, ou, simplesmente, Colônia.

Outro marco importante e histórico de Parelheiros é um dos seus cemitérios, também localizado no Bairro Colônia. O cemitério mais antigo de São Paulo foi fundado por alemães num terreno cedido por Dom Pedro I e tem 178 anos.
O terreno foi doado por Dom Pedro I a um grupo de 200 imigrantes, a maioria alemã, que chegaram à Província de São Paulo em 1827 para tentar estabelecer uma colônia agrícola. Como o grupo era dividido entre católicos e protestantes, o cemitério, que integrava um pequeno núcleo formado por casas de taipa ou madeira e uma igreja bem simples, também foi separado.

O cemitério não é grande, mas por falta de recursos e apoio do governo para a manutenção acabou sendo fechado durante a Segunda Guerra Mundial. A desativação total ocorreu em 1996. A reabertura só ocorreu em 18 de novembro de 2000, depois que entidades e associações alemãs se empenharam em recuperar o cemitério. Franz Schmidt, vice-presidente da Associação dos Cemitérios Protestantes, que administra atualmente o cemitério, diz que ninguém sabe o número de mortos enterrados antes do fechamento. De 2000 até agora, 90 pessoas foram sepultadas.

Em meados dos anos 1970, o cemitério foi protegido por legislação de zoneamento e em 2004 foi incluído como Zona Especial de Preservação Cultural (ZEPEC), no plano regional das subprefeituras. Agora, a parte mais elevada do cemitério passou a ser usada para novos sepultamentos. Apesar de ter origem alemã, o cemitério fica em uma rua com nome oriental: Sachio Nakau, 28. Parelheiros tem um outro cemitério municipal, construído em 1905. Até agosto deste ano, foram 5.997 sepultamentos.

Em 1966, a Prefeitura desativou o antigo cemitério em virtude de seu estado de abandono. A medida, no entanto, desencadeou um movimento por parte da comunidade alemã de São Paulo, em prol da sua preservação e restauro. Ainda hoje, as campas conservam o padrão construtivo do século XIX, com lápides de mármore e cabeceiras altas. Em meados de 1970, esse cemitério, marco da imigração alemã em São Paulo, foi protegido por legislação de zoneamento, sendo posteriormente recuperado.

Por volta de 1940, a região passou a receber também imigrantes japoneses, que vieram para explorar a agricultura e também ajudaram no desenvolvimento da região, transformando os distritos de Parelheiros e Marsilac na maior área agrícola de São Paulo. Cortado por estradas sinuosas e estreitas, é pontilhado por sítios e fazendinhas que produzem lenha, hortaliças, flores e plantas ornamentais. Entre essas, os buxinhos, que se prestam para bonsai e topiaria, a arte de esculpir em árvores, as tuias – árvores de natal vendidas com raiz e símbolo da vida eterna. Hoje, a Igreja Messiânica, de origem nipônica, tem seu maior templo fora do Japão: o Solo Sagrado de Guarapiranga, inaugurado em 1995.

A região tem um marco geológico de importância, a notória Cratera da Colônia, uma depressão de formato circular, medindo cerca de 3,6 km de diâmetro, resultado da queda de um corpo celeste no local, há cerca de 36 milhões de anos, parte já ocupada por loteamento irregular, em processo de regularização, com cerca de 40.000 pessoas, que passa atualmente por processo de urbanização, por meio do Programa Mananciais da Secretaria Municipal de Habitação e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal. Em seu perímetro está instalado um Presídio Estadual. Parte da área é usada para atividade agrícola tradicional, tendo sido tombada pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), conforme Resolução SC 60, de 20 de agosto de 2003 e recebido, em dezembro/2011, o titulo de Patrimônio Geológico do Estado de São Paulo, pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
No distrito de Marsilac, se localiza a estação ferroviária Evangelista de Souza, que marcou a história do Estado de São Paulo, durante a expansão da Estrada de Ferro Sorocabana. Fazia parte do ramal Mayrink-Santos, projetado para escoar a produção cafeeira do interior ao porto de Santos – que funciona até hoje – e decisivo na quebra do monopólio da companhia concorrente, a Santos-Jundiaí, conhecida como a “Inglesa”. Em 1957, foi inaugurado o ramal Jurubatuba-Evangelista, desativado em 1991. O que contribuiria muito para o desenvolvimento da região sua utilização para a construção de um pólo turístico, recreativo, cultural e ecológico.

Além dos brasileiros de todos os estados, distribuídos em 200 bairros, há duas aldeias indígenas Pyau (Krucutu) e Tenondé Porá (Morro da Saudade), de um subgrupo guarani, com cerca de 1.000 pessoas, localizadas na Estrada da Barragem e que mantém vivas sua língua, cultura, religião. Cada uma conta com escola específica para a educação infantil indígena e o CECI – Centro de Educação e Cultura Indígena. As crianças passam o dia na escola em contato direto com sua cultura, sob a guarda de suas mães e de monitores guarani. A partir dos 7 anos, os meninos e meninas passam a freqüentar a EE Indígena Guarani Gwyrapepo.

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